AGRONEGÓCIO

Anfavea revisa para baixo projeção de vendas de máquinas agrícolas

Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revisou sua projeção para as vendas internas de máquinas agrícolas em 2023.

O novo número, de 60,6 mil unidades, é 10% inferior às 67,4 mil unidades comercializadas em 2022. A projeção anterior, feita em fevereiro, era de 65 mil unidades para este ano.

A queda nas vendas é atribuída a dois fatores principais: a baixa nos preços das commodities e o clima adverso.

Segundo o presidente da Anfavea, Márcio Lima, “apesar da queda, 2023 é um dos melhores anos da história”.

Ele explicou que o ano anterior foi muito bom, com um recorde de vendas. “Essa redução é esperada, mas não deveria ocorrer”, disse.

vice-presidente de máquinas da Anfavea, Ana Helena Andrade, também destacou que a frota agrícola brasileira é antiga e o número de máquinas à disposição dos produtores ainda é inferior à necessidade.

“A relação de tratores por hectare do Brasil é menor na comparação com países como França e Japão, por exemplo”, afirmou.

Andrade reforçou que a queda ante 2022 já era esperada, mas a retração foi maior que o esperado.

“O Plano Safra e o preparo para o plantio de verão 2023/24 contribuíram para um resultado positivo em setembro”, disse. “Infelizmente, não continua assim. Várias linhas do Plano Safra já estão fechadas.”

O clima adverso também foi um fator importante para a redução das vendas. A última safra foi comprometida por secas, geadas e inundações.

“O agricultor que teve sua lavoura alagada, que perdeu sua safra, que está com tratores debaixo d’água, não está pensando em investir”, disse Andrade.

Apesar da queda, a Anfavea manteve a projeção de queda de 13,1% nas exportações de máquinas agrícolas em 2023. Ao todo, devem ser vendidas ao exterior 9,3 mil unidades.

Em 2022, foram 10,7 mil unidades.

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