SES-TO alerta sobre acidentes por serpentes no Estado do Tocantins

Com objetivo de alertar quanto à importância das medidas de prevenção para evitar acidentes causados por serpentes e outros animais peçonhentos que impactam nos atendimentos da saúde pública, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) disponibilizou um Webinário – “Ofidismo: melhor prevenir que remediar”, para alertar sobre a importância das ações de prevenção para este agravo. O material foi organizado pela área Técnica de Zoonoses e Animais Peçonhentos da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-TO.
O webinário está disponível para acesso no canal de YouTube da Escola Tocantinense do SUS Dr. Gismar Gomes (ETSUS-TO), com palestra da técnica da área de Zoonoses e Animais Peçonhentos da SES-TO, Lidia Manuela Pacheco Alves e a bióloga da equipe do Batalhão de Polícia Militar Ambiental e Herpetóloga, Raiany Cruz.
O material está disponível para a população em geral e profissionais de saúde das áreas de vigilância epidemiológica, atenção básica, biólogos, médicos veterinários, universitários e outros.
A técnica da área de Zoonoses e Animais Peçonhentos da SES-TO, Lidia Manuela Pacheco Alves falou sobre o grande índice de acidentes no Estado, como os do tipo de serpentes – jararacas, malha de cascavel e jararacuçu, que registra 62% dos 18.825 acidentes com animais peçonhentos ocorridos no período de 2020 a 2023. “Os acidentes por animais peçonhentos são de notificação obrigatória no Brasil, e devem ser notificados ao Estado e ao Governo Federal imediatamente após a confirmação. A medida ajuda a traçar estratégias e ações para prevenir esse tipo de acidente e minimizar os impactos nos serviços de saúde”, disse.
Data
O webinário foi realizado no dia 19 de setembro, Dia Internacional de Conscientização sobre o Ofidismo – acidentes por serpentes. Este agravo possui enorme impacto na saúde pública e a data tem o objetivo aumentar a conscientização sobre o enorme impacto global dos acidentes com animais peçonhentos, especialmente, as picadas de cobra.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a quantidade de pessoas que são picadas por cobras a cada ano no mundo pode chegar a 5,4 milhões. Desses, entre 81.000 e 138.000 morrem e até 400.000 ficam permanentemente incapacitadas ou desfiguradas.
Os acidentes por animais peçonhentos, especialmente os acidentes ofídicos (cobras), foram incluídos pela OMS na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais, desencadeando discriminação, abandono, perda de renda, dívidas, problemas de saúde mental e redução da qualidade de vida.
Animais peçonhentos
São aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras (pinças), cerdas urticantes, entre outros.
Os que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de: serpentes, escorpiões, aranhas, lepidópteros (mariposas e suas larvas), himenópteros (abelhas, formigas e vespas), coleópteros (besouros), quilópodes (lacraias), peixes e cnidários (águas-vivas e caravelas).
Link de acesso abaixo:
Edição: Aldenes Lima – Governo do Tocantins