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No Dia Mundial da Pneumonia, SES-TO alerta para a prevenção

O Dia Mundial da Pneumonia, surgiu em 2009, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a sua importância, já que é uma doença evitável e tratável, mas que ainda assim causa um grande impacto na saúde pública e pode ser letal.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), houve 44.523 mortes por pneumonia de janeiro a agosto de 2022. No mesmo período do ano anterior (2021) foram 31.027 óbitos. A pneumonia é mais grave em crianças com menos de 5 anos, idosos, e pessoas com comorbidades ou imunodeficiências, independentemente da idade.

Segundo dados do Ambulatório Pediátrico do Hospital Geral de Palmas (HGP), de janeiro a outubro de 2023, foram realizados cerca de 488 atendimentos de crianças. São realizados atendimentos de pacientes com diagnóstico de asma, doença de refluxo gastroesofágico, pacientes com sintomas respiratórios persistentes, pneumonias graves e de repetição, tosse crônica, malformação pulmonar, tuberculose pulmonar, fibrose cística, pacientes traqueostomizados.

A médica pediatra Karla Noleto, que atua no serviço de pneumologia pediátrica do HGP, explica que a pneumonia é uma infecção no pulmão que pode ser causada por vírus , bactérias ou fungos e que afeta principalmente crianças e idosos. “Os sintomas podem começar com febre, dor no peito, tosse e cansaço. Algumas crianças tendo critérios de gravidade como desconforto respiratório intenso, necessidade de suporte ventilatório, podem evoluir com complicações e necessitarem de abordagens cirúrgicas”.

Ela explica como funciona o fluxo de atendimento. “Para o HGP são encaminhadas também as pneumonias que necessitem de internação, podendo ficar nas enfermarias ou nos casos mais graves na UTI. Os casos são conduzidos pela equipe de pediatria, pneumologia pediátrica e cirurgia pediátrica. Após alta hospitalar as crianças são encaminhadas para o ambulatório de pneumologia pediátrica onde será feito o seguimento e acompanhamento desses pacientes”, relatou.

A mãe Adriana Jorge Pinto relatou como é feito o acompanhamento do filho Danilo Elves Pinto dos Santos, de 6 anos, após vários episódios de internação por pneumonia. “Meu filho passou por um longo período de internação devido a pneumonia e a outras complicações, em uma dessas complicações chegou ao ponto dele precisar fazer uma gastrostomia, hoje ele é um paciente com sonda gástrica, mas graças a Deus hoje ele tá bem, já tem dois anos que meu filho não precisa passar por nenhum tipo de internação, e desde então fazemos acompanhamento no ambulatório pediátrico, com a pneumo e outras especialidades de 4 em 4 meses. Agradeço a Deus também por ter encontrado ótimos profissionais no HGP, que me fizeram ter força para continuar o tratamento do meu filho e vejo na melhora dele a importância desse acompanhamento”.


Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da pneumonia é clínico, com realização de auscultação dos pulmões e radiografias de tórax. O tratamento, no entanto, depende dos microorganismos causadores da infecção. Nas pneumonias bacterianas é indicado o uso de antibióticos. Na maioria das vezes, a pneumonia é viral, neste caso o tratamento inclui apenas medicamentos para aliviar os sintomas como dor e febre. Já nas pneumonias fúngicas, são necessários medicamentos específicos. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial e dificuldade respiratória.

Prevenção

Segundo a gerente de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Diandra Sena, a vacinação é uma das formas de prevenção da doença pneumocócica e, consequentemente, da pneumonia que pode ser causada pela evolução da infecção nos pulmões. “Atualmente, existem as versões das vacinas pneumocócicas que podem proteger contra 10, 13 e 23 sorotipos. A versão contendo 10 sorotipos está disponível gratuitamente no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Sistema Único de Saúde-SUS. As versões 13 e 23-valente estão disponíveis gratuitamente apenas para populações especiais com deficiências de imunidade nos Centros de Imunobiológicos Especiais”.

“Embora estejamos no rumo correto, é preciso notar que atualmente as taxas de coberturas vacinais estão muito abaixo do recomendado, o que reforça o papel que todos nós temos na sociedade, garantindo que a caderneta de vacinação dos nossos filhos esteja atualizada, não só em relação à doença pneumocócica, como também contra outras doenças infectocontagiosas para as quais existem vacinas gratuitas, disponibilizadas pelo SUS,” alertou.

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