SAÚDE

Municípios destacam o apoio do Centro de informações Estratégicas de Vigilância em Saúde

Profissionais de saúde dos 139 municípios do Tocantins destacaram o apoio que recebem do Centro de informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS). As manifestações ocorreram durante o I Seminário do Centro de informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado do Tocantins e II Seminário de Vigilância em Saúde, que acontecem nos dias 29 a 30 de novembro. O evento é organizado pela Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO), com o tema ‘Desafio global das emergências em saúde pública’. 

O CIEVS realiza a vigilância, alerta e resposta para as emergências em saúde pública vinte e quatro horas por dia. Recebem dados de mortalidade, natalidade, doenças, pandemias, para monitoramento e ações de prevenção e contenção. Este ano, algumas das emergências em saúde públicas recebidas e vigiadas no Tocantins foram: a doença viral Monkeypox, Covid-19, hepatite por etiologia desconhecida, influenza aviária de alta patogenicidade, doença da mão pé boca, além das arboviroses como dengue, febre amarela e chikungunya, que são doenças que podem surgir surtos. Com a chegada das chuvas, é realizado também o monitoramento de enchentes e alagamentos.

A agente de Endemias da Vigilância Ambiental de Porto Nacional, Zenilde Carreiro de Carvalho, afirmou que “a gente sempre teve o apoio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, mesmo antes da pandemia. Em relação a todos os agravos, em qualquer horário, vinte quatro horas por dia, em qualquer dia da semana o CIEVS sempre esteve à disposição, para sanar todas as dúvidas. Durante a pandemia tivemos muito mais contato, pra nos ajudar e fortalecer o trabalho de vigilância no município”. 

Para a diretora do CIEVS de Araguaína, Renata Mendes Borges, “o papel do CIEVS para nós como rede de vigilância no município de Araguaína é importantíssimo para a regulação e também para a administração de todas as emergências de saúde pública que a gente já viveu, como por exemplo, o Covid-19. No início da pandemia, nós ainda não existíamos como descentralizados, mas tivemos uma ação e com ajuda, fortalecimento que o CIEVS do Tocantins deu ao município de Araguaína, entendendo o papel crucial que ele executava no nosso território, nós conseguimos então implantar o CIEVS Municipal em Araguaína e hoje atuamos em parceria de rede com comunicação livre, instantânea, articulada de vinte e quatro horas para resolução de potenciais da emergência de saúde pública. Atuamos hoje para fazer a detecção, verificação e comunicação de risco no menor tempo possível, graças ao CIEVS do Estado do Tocantins”.

A enfermeira da Área Técnica da Meningite da SES-TO, Karina Cristina de Sá Rosário, afirmou que “é de grande importância e relevância que os CIEVS apoiem os municípios com seminários, capacitações, para que os municípios possam se inteirar e corresponder da forma correta. Graças isso nós agimos em oportuno e da forma correta. O apoio prestado aos municípios em relação à meningite é em tempo real, conduzimos o caso desde a entrada do paciente na unidade hospitalar, até as medidas de controle e prevenção. O apoio é durante 30 dias para que possam ser sanadas a investigações daquele caso. Nós estamos no tratamento inicial, com a condução do paciente até o final”.

Segundo o gerente da Sala de Situação de Saúde da SES-TO, Wagner Santos, “o CIEVS é como se fosse um sentinela, sempre observando se ocorre alguma doença, surto, emergência de saúde pública. Por exemplo, quando a Organização Mundial de Saúde emite algum alerta, ele começa a monitorar, faz articulações para preparar e agir para contenção. Já o papel da Sala de Situação de Saúde está muito relacionado à informação, a análise dos dados produzidos nos hospitais, nas Unidades Básicas de Saúde, Ministério da Saúde, eles vêm de diversas fontes e locais diferentes. Nós consolidamos essas informações e produzimos painéis de informativos, análises de saúde. Os dados são importantes para auxiliar tanto as áreas técnicas como os gestores nas tomadas de decisões para ter uma melhor visão das situações”. 

A coordenadora do CIEVS, Arlete Otoni, relatou um pouco mais sobre como funciona o trabalho. “diante de uma situação inusitada ou de um evento que possa constituir fora do alcance, os municípios podem solicitar ao Estado o apoio na investigação ou no acompanhamento desses eventos. Então é feito todo um processo, um planejamento junto com os municípios para a gente conseguir ou mitigar ou diminuir esse agravo, essa doença, um risco à população. Então, tanto apoio à distância como apoio local, a Secretaria disponibiliza a equipe do SES para junto ao município, executar ações, atividades e planejamentos diante desses eventos. Seja ele parte da lista de notificação compulsória imediata ou algum evento inusitado. Diante de uma situação que está fora do cenário, que está fora do controle epidemiológico, qualquer município pode solicitar o apoio ao Estado”.

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