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Governo do Tocantins e Prefeitura de Palmas alinham estratégias para reduzir tempo de espera para atendimento no HGP

Com o objetivo de reduzir transferências de pacientes sem o perfil clínico para o Hospital Geral de Palmas (HGP), unidade referência em média e alta complexidade para a macrorregião sul do Tocantins, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto reuniu-se com a secretária municipal de Saúde de Palmas, Dhieine Caminski. O encontro ocorreu nesta segunda-feira, 17, na unidade hospitalar, onde os gestores realizaram uma vistoria no pronto-socorro e verificaram o atendimento dispensado à população acolhida, da qual 70% que chegam ao hospital são oriundos da Capital e 26% para clínica geral.

Segundo o titular da Secretaria de Estado da Saúde , o Governo  do Tocantins tem feitos grandes investimentos no HGP. “Nos últimos anos recebemos 157 leitos, 12 de psiquiatria, 50 UTI, 45 de pronto-socorro e 30 para quimioterapia (UNACON), nove de pós-cirúrgicos e 11 de cuidados do AVC. Além disso, a unidade recebeu nova recepção para o pronto-socorro, novo ambulatório pediátrico e nova cozinha. As estruturas ampliam os atendimentos, mas as demandas da população também crescem e, por ser uma unidade SUS [Sistema Único de Saúde], não negamos atendimentos, mesmo com sobrecarga”, afirmou o secretário.

No encontro, os entes alinharam uma parceria para reduzir as transferências e aprimorar o serviço de contrarreferência. “A nossa ideia é trabalhar com o município de Palmas, para garantir que a população tenha atendimento de qualidade e em tempo oportuno, com cada ente buscando suprir o seu papel dentro do Sistema Único de Saúde. Aliado a isso temos a disponibilidade da Polícia Militar e do Detran, além da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, que estão dispostos a colaborar com campanhas e ações que reduzam os índices de acidentes que compreendem mais de 80% dos atendimentos ortopédicos da unidade”, pontuou Felinto.

A secretária de Saúde de Palmas, Dhieine Caminski, relatou impasse a ser superados no município. “A secretaria municipal tem um desafio que é o planejamento estratégico para a gente conseguir atender a nossa demanda, com qualidade, celeridade e de acordo com o que preconiza o SUS. Nós temos um planejamento ativo, a gente quer até julho melhorar o fluxo na atenção primária”, destacou.

Para tentar amenizar a sobrecarga no setor ortopédico,  o major Jair da PMTO, reforçou que “a Polícia Militar, pode, em alinhamento com os outros órgãos afins, promover, principalmente em dias de eventos, blitze, fiscalização e ações de coibição para evitar a combinação de álcool e direção e consequentemente o número de acidentes que acabam impactando o HGP.”

Presente na reunião, o presidente do Departamento Nacional de Trânsito no Tocantins (Detran/TO), Willian Gonzaga dos Santos, destacou que o Detran está à disposição para colaborar. “Temos realizado campanhas de conscientização em datas festivas como carnaval, temporada de praias, as quais já mostram um efeito na redução de acidentes, mas seguiremos em conjunto com os outros órgãos no trabalho de intensificação destas ações”, reforçou

A reunião também contou com a participação dos titulares da Secretaria de  Estado da Comunicação, Marcio Rocha; da Secretaria de Mobilidade Urbana e Defesa Civil, Francisco Seixas Tadeu de Lima; da Secretaria Municipal de Comunicação, Élcio Mendes; ainda, da direção do HGP e equipes técnicas das Pasta mencionadas.

Atendimentos 

Para amenizar a lotação, as equipes do pronto-socorro trabalham para dar agilidade na avaliação dos pacientes e os devidos encaminhamentos. “O paciente chega e é acolhido pela Classificação de Risco, onde fazem a coleta dos sinais vitais e um breve histórico do que tem acontecido com ele. E a partir de então, segundo a Classificação de Risco ele é conduzido para a sala vermelha no casos graves ou recebe cuidados para o controle de dor, realiza exames e segue para internação ou alta hospitalar”, explicou o médico diretor técnico do HGP, Ermilton Barreira Parente Junior.

“Em alguns casos, o paciente é contrarreferenciado para a rede do seu município. Isso ocorre quando o município de origem tem hospital e a pessoa ainda necessita de permanecer dentro de um ambiente hospitalar, que não seja de média ou alta complexidade como é o caso do HGP. A contrarreferência é feita através de um formulário próprio que é encaminhado ao núcleo interno de regulação do hospital, que passa para a regulação estadual e assim, encaminhado para a unidade de origem”, acrescentou o diretor.

No último final de semana, por exemplo, o HGP recebeu 296 pacientes nos prontos-socorros. Sendo 170 adultos e 126 pediátricos. Do total, 52% (156) já receberam alta. “Estes pacientes que chegam à unidade e permanecem por menos de 72 horas são pessoas que não possuem o quadro clínico do HGP e que poderiam ser assistidas em Unidade de Pronto Atendimento, Unidade Básica de Saúde ou hospital de baixa complexidade”, pontuou  o médico diretor técnico do HGP.

Sobrecarga em decorrência de acidentes

O diretor-geral do HGP, Iatagan Barbosa, explica a principal demanda atendida no pronto-socorro. “Na maioria das noites, principalmente em finais de semana, a unidade chega a um ponto crítico de sobrecarga no PS [pronto-socorro], em decorrência de acidentes e falta de estrutura na rede hospitalar da Capital e das cidades vizinhas. Atualmente temos uma média de 13 cirurgias ortopédicas por dia e uma média mensal de 80 a 120 pacientes ortopédicos internados”, relatou.

A especialidade de ortopedia é apontada pelo diretor da unidade como uma das que mais demanda atendimento no pronto-socorro e dados do Escritório da Qualidade apontam que nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, foram acolhidos no local, 276 pacientes da especialidade. O número é 7% mais que o mesmo período do ano passado, quando a unidade recebeu 257 pessoas e 6% menor que o registrado em 2023, com 294 atendimentos.

Entre os pacientes da especialidade de ortopedia, está Márcio Gomes  Viana, de 34 anos. “Eu estava vindo da chácara para o município de Porto Nacional, bati a moto em uma vaca e machuquei meu braço e fraturei as costelas. Recebi o primeiro atendimento no Hospital Regional de Porto Nacional e agora e fui encaminhado ao HGP para realizar exames mais detalhados”, relatou.

O estoquista Roniel Bezerra , 31 anos, morador de Luzimangues, também está no PS da unidade e falou sobre o que o levou ao hospital. “Eu pilotava uma motocicleta. Saí do mercado, estava indo para casa e um cachorro entrou no meio da pista e a moto bateu. Não deu para frear.  O animal apareceu bem em cima. Fraturei o braço e tive algumas escoriações na perna”, declarou.

FONTE: SECOM TO

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