Governo do Tocantins avança na implantação do CAR 2.0 e do Selo Verde com etapa de conciliação técnica

O governo do Tocantins avança na implantação do CAR 2.0, ferramenta fundamental à implementação da plataforma Selo Verde do estado. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) realizaram nesta quinta-feira, 27, uma reunião de conciliação técnica para conformidade entre a proposta do Centro de Inteligência Territorial (CIT) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o atendimento da demanda do estado para o CAR 2.0.
A implantação do CAR 2.0 do Tocantins conta com o suporte de 155 mil euros da União Europeia, por meio do programa AL-INVEST Verde. O projeto, desenvolvido em co-parceria entre o Governo do Tocantins, por meio da Semarh e o CIT/UFMG foi submetido à União Europeia no final do ano passado.
Na reunião, o secretário Marcello Lelis, acompanhou o diálogo entre as equipes técnicas da Semarh e do Naturatins com o representante da UFMG. Ao final, Marcello Lelis considerou prioridade para o próximo encontro técnico, a definição das bases de dados a serem trabalhadas na metodologia apresentada, dos critérios a serem atendidos e dos prazos necessários a cada fase até o início dos testes, para obter a prévia do cronograma.
“Nesse encontro entendemos que estamos dialogando sob uma mesma perspectiva. O compromisso conjunto é realizar o refinamento da proposta para atender a demanda do Tocantins, como a definição de classes e diagnósticos integrado ao módulo de análise automatizado, sempre com indicação de prazos para avanço e conclusão de todo o processo de implantação do CAR 2.0”, afirmou Marcello Lelis.
A diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Florestas, Cristiane Peres, reiterou que após a próxima reunião técnica de diagnóstico, passará a ser discutida a forma de normatizar os procedimentos de análise automatizada.
“Visamos produtos para a análise automatizada dos imóveis rurais, utilizando inteligência geoespacial, algoritmos e dados ambientais, um avanço que permitirá maior precisão e agilidade na emissão de diagnósticos e no cumprimento da legislação ambiental”, acrescentou Cristiane Peres.
Representando o Naturatins na discussão técnica, o gerente de Monitoramento e Gestão de Informação Ambiental do Naturatins, Renato Pires, destacou especificidades que considera importante, como a possibilidade de mudança no procedimento de análise, nos casos de sobreposição de área, realização da análise de aspectos rurais e ambientais, a adoção dos vetores do módulo manual no CAR 2.0. Entre outros fatores, o gerente alertou para a necessidade de realizar a fase de testes, antes da migração definitiva do módulo manual para o automatizado.
O diretor-presidente do CIT/UFMG, Felipe Nunes, afirmou que a análise dinamizada vem para atender as demandas do CAR 2.0 em vários sentidos, mas o estado terá a autonomia de definir os critérios técnicos e o que deve ser priorizado. “Inicialmente nossa proposta vai trazer um diagnóstico para imóveis pertencentes a quatro classes, o que poderá ser ajustado, será realizado o refinamento até o engajamentos dos setores para um refinamento final. Outro ponto importante é que teremos duas plataformas online para teste, reteste e validação. Após esta última etapa, a plataforma será aberta ao público”.
Participaram também dessa reunião, o diretor de Gestão e Regularização Ambiental do Naturatins, Rodrigo Sávio; a gerente de Informação e Inteligência Ambiental, Letícia Vieira; e a analista ambiental, Olíria Menezes, ambas da Semarh.